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quarta-feira, junho 23, 2010

O número de eleitos e réprobos

Este Decreto é certo e imutável? ~ Sim, ele precisa ser assim. Porque ele tem por base a eterna e imutável da vontade de Deus, e por isso, há uma certeza do número de eleitos e réprobos conhecidos somente por Deus, os quais não é possível ser aumentado, nem diminuído, Jo 13:18; 2 Tm 2:19.

Extraído de Archbishop James Ussher, A Body of Divinity, pág. 79

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Trindade Econômica

Ao Pai atribui-se ser o princípio de toda obra, e a fonte e manancial de todas as coisas; ao Filho, a sabedoria, o conselho e a ordem para organizar tudo; ao Espírito Santo a virtude e a eficácia de operar.

Extraído de Juan Calvino, Institución de la Religión Cristiana, I.XIII.18

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Provas da exitência de Deus - 2

A prova no teísmo não consiste certamente em deduzir a existência de Deus como a de um inferior por um superior; mas, em mostrar que a existência de Deus é em si um postulado da razão, a última base sobre a qual repousa todo o outro conhecimento, todas as outras crenças. O que queremos dizer por prova da existência de Deus é simplesmente que há atos do pensamento necessários pelos quais nos levantamos do finito para o infinito, do causado para o incausado, do contigente para o necessário, da razão implicada na estrutura do universo para a Razão universal e eterna, que é a base de tudo da moralidade, na consciência ao Legislador e Juiz moral.

Extraído de James Orr, Concepción Cristiana de Dios y el Mundo, pág. 119.

Provas da existência de Deus

... que um Deus capaz de ser provado não seria um Deus absoluto; visto que isto significaria que há algo maior do que Deus, do qual a sua existência pode se deduzir.

Extraído de James Orr, Concepción Cristiana de Dios y el Mundo, pág. 119

sexta-feira, junho 20, 2008

Por amor de si mesmo

Deus não é retratado na Escritura como perdoando o pecado porque Ele realmente se importe com o pecado. Nem porque Ele seja tão exclusivo ou predominantemente o Deus de amor, como se os outros atributos diminuissem pelo desuso na presença de Sua infinita bondade. Pelo contrário, Ele é retratado como libertando o pecador de sua culpa e corrupção porque Ele se compadece das criaturas da sua mão, envoltas em pecado, com uma intensidade que nasce da veemência da sua santa ira contra o pecado e sua justa determinação de visitá-lo com uma intolerante retribuição; de modo que conduz por uma completa satisfação pela a sua infinita justiça e santidade, como pelo seu ilimitado amor por Si mesmo.

Extraído de B.B. Warfield, "God" in: Works of B.B. Warfield, vol.9, pág. 112

quarta-feira, novembro 14, 2007

A necessidade na providência de Deus

Dentro da providência de Deus há operações de necessidade lógica por meio de implicações lógicas, e existem operações de necessidade mecânica por causalidade física. Estes fatos não são contraditórios com a providência de Deus que se estende-se a cada detalhe. O que é necessário lógica ou mecanicamente também o é dentro dos decretos e da providência de Deus.

Extraído de J.Oliver Buswell, A Systematic Theology of the Christian Religion, págs. 171-172

sábado, outubro 27, 2007

Teologia como um ato de adoração

A religião, o temor de Deus, precisa antes de tudo ser o elemento que inspira e motiva toda a investigação teológica. Ela necessita ser o pulso desta ciência. Um teólogo é uma pessoa que audaciosamente discursa acerca de Deus, porque ele fala por Deus e para Deus. Professar a teologia é realizar uma santa atividade. Ela é uma ministração sacerdotal na casa do Senhor. Ela é em si mesma um serviço de adoração, uma consagração da mente e do coração em honra ao Seu nome.

Extraído de Herman Bavink, The Doctrina of God, posfácio.

quinta-feira, setembro 06, 2007

O segundo princípio da Dogmática

Deus fala de si e para si mesmo. Ele é o sujeito e o predicado de todo o seu discurso. quando declaramos que Deus fala, poderíamos ser cuidadosos em enfatizar que o seu discurso é eternamente perfeito e que não está limitado pelas imperfeições do tempo e da mudança, assim como é o discurso humano. De eternidade a eternidade Deus expressa a inteira plenitude de sua infinita mente e ouvimos as suas palavras.

Extraído de Herman Hoeksema, Reformed Dogmatics, vol. 1, págs. 25

quarta-feira, agosto 22, 2007

Circumincessio

A Escritura apresenta uma sensível avaliação entre as diferenças entre as Pessoas da Trindade e o Seu mútuo envolvimento, e eu necessito dizer mais a respeito deste último assunto. Circumincessio, circumcessio, circumssion, perichoresis, e coinherence são termos técnicos para a mútua relação das Pessoas: o Pai no Filho, e o Filho nEle (Jo 10:38; 14:10-11, 20; 17:21); e ambos no Espírito, e o Espírito nEles (Rm 8:9). Ver Jesus é ver o Pai (Jo 14:9), porque Ele e o Pai são um (10:30). Após Jesus deixar a terra, ele "viria" no Espírito para estar com o Seu povo (14:18).[1]

Todas as três Pessoas estão envolvidas em todas as obras de Deus da Criação.[2] Como temos observado o Pai (Gn 1), o Filho (Jo 1:3; Cl 1:16), e o Espírito (Gn 1:2; Sl 104:30) estão envolvidos na obra da criação. O mesmo é verdade quanto à providência, e, do mesmo modo a redenção o juízo final. Isto não significa que as três Pessoas atuam da mesma forma nestes eventos. O Pai, e não o Filho, enviou Jesus ao mundo para redimir o Seu povo; o Filho, e não o Pai, ou o Espírito, incarnou para morrer sobre a cruz pelos nossos pecados. De fato, no momento da morte, Ele estava, do mesmo modo misterioso, desamparado pelo Seu Pai (Mc 15:34). O Espírito, e não o Pai nem o Filho, veio sobre a Igreja com poder no dia de Pentecostes (enviado pelo Pai e pelo Filho [Jo 14:15-21]), apesar do Filho vir à nós pelo Espírito.

De acordo com 1 Pe 1:1-2, o Pai é o único que predetermina, o Filho é o único que asperge o sangue, e o Espírito é o único que santifica. Esta é uma generalização acerca das diferentes tarefas das Pessoas da Divindade: o Pai planeja, o Filho executa e o Espírito aplica. Mas, de acordo com Pedro não existe aqui a descrição de uma precisa divisão da obra. Ele reconhece que todos os eventos exigem a concorrência de todas as três Pessoas.

Notas:
[1] Relembrando que Jesus também compara a mútua habitação dos membros da Trindade com (1) o habitar das pessoas da Divindade nos crentes, e (2) a unidade dos crentes uns com os outros (Jo 17:21-23). De fato, estas são analogias, e não identidades, pois não podemos saber exatamente como Deus é. Mas podemos apoiar um ao outro, e assim glorificar um ao outro, como os membros da Trindade fazem. Para mais implicações deste princípio para a vida cristã veja o meu artigo "Walking Together" no site http://www.thirdmill.org/, Online Magazine 1:17-18 (21 e 28 de Junho e 4 de Julho de 1999).
[2] Existe a opera ad extra na tradicional terminologia, ou seja, as obras de Deus que estão terminadas fora Dele. Há também atos que Deus realiza internamente em Seu Ser (opera ad intra) nos quais somente uma das Pessoas está envolvida, como a geração do Filho pelo Pai. Discutirei posteriormente este assunto.

Extraído de John M. Frame, The Doctrine of God, págs. 693-694

terça-feira, agosto 14, 2007

O conhecer a Deus

Como a majestade de Deus ultrapassa em si mesma a capacidade do entendimento humano e inclusive lhe é incompreensível, temos que adorar a sua grandeza mais do que examiná-la para que não nos encontremos afligidos com tão grande percepção. Por isto devemos buscar e considerar a Deus em Suas obras, às quais a Escritura chama, por esta razão, de "manifestações das coisas invisíveis" (Rm 1:19-20; Hb 11:1), pois nos manifestam o que de outro modo não podemos conhecer do Senhor.

Extraído de Juan Calvino, Breve Instrucción, págs. 10-11

sexta-feira, agosto 10, 2007

Perseverança em Paulo

Paulo, basicamente, ensina uma espécie de permanência dos cristãos escolhidos por Deus, e chamados pela fé em Jesus Cristo, com base em sua eleição. Paulo está seguro de que o mesmo Deus que é o autor e doador da salvação, deseja também em amor onipotente, e ininterrupta fidelidade, completar até o fim a salvação daqueles que foram eleitos e chamados por Ele, e que em Cristo pela fé, demonstram o seu comportamento fundamental. (...) A coragem e a consistência das epístolas de Paulo caracterizam a sua visão de permanência na salvação em sua própria vida, e não há nenhum resultado claro ou importante que evidencie o contrário.

Extraído de Judith M. Gundry Volf, Paul & Perseverance: Stayind In and Falling Away, pág. 286-287

quinta-feira, agosto 02, 2007

A bondade de Deus

A observação que intenciono firmar é esta: - a pura e perfeita bondade é uma prerrogativa somente de Deus. A bondade é uma perfeita escolha da Divina natureza. Este é o verdadeiro e genuíno caráter de Deus; pois, Ele é bom, Ele é bondoso, bom em Si mesmo, bom em Sua essência, bom no mais alto grau, possuidor de tudo o que é mais agradável, excelente e desejável. O mais alto bem, porque Ele é o primeiro bem: Deus é de tudo o que é mais bondoso; de tudo o que é mais verdadeira bondade em alguma criatura, é uma semelhança de Deus. Todos os nomes de Deus são compreendidos em Sua bondade. Todos os dons, todas as variedades de bondade são contidas nEle como um bem comum.

Extraído de Stephen Charnock, The Existence and Attributes of God, vol. 2, pág. 215

quarta-feira, março 07, 2007

Princípio fundamental do Calvinismo

A exata formulação do princípio fundamental do Calvinismo está estabelecida numa longa série de pensadores nos últimos séculos (...). Talvez, a sua simples declaração expresse melhor: que o Calvinismo repousa sobre uma profunda apreensão de Deus em Sua majestade, com a inevitável e estimulante realização da exata natureza da relação que Ele sustenta na criação como ela é, e em particular, na criatura pecadora. Aquele que crê em Deus sem reservas, está determinado a deixar que Deus seja Deus em todos os seus pensamentos, sentimentos e volições - em inteiro compasso das suas atividades vitais, intelectuais, morais e espirituais, através de suas relações pessoais, sociais e religiosas - e, pela força da mais rigorosa de toda a lógica que preside sobre a produção dos princípios no pensamento e vida, pela necessidade do caso, é um Calvinista. Por Calvinismo, assim, obejtivamente falando, o Teísmo encontra a sua prerrogativa; subjetivamente falando, a relação religiosa alcança a sua pureza; soteriologicamente falando, a religião evangélica encontra prolongada a sua expressão e a sua segura estabilidade. O Teísmo encontra a sua prerrogativa somente numa concepção teleológica do universo, que percebe no completo curso dos eventos a realização ordenada do plano de Deus, que é o seu autor, preservador e governador de todas as coisas, e que será conseqüentemente a causa última de tudo. A relação religiosa alcança a sua pureza apenas quando uma atitude de absoluta dependência de Deus não é meramente assumida temporariamente no ato, ou seja, da oração, mas é mantida através de todas as atividades da vida intelectual, emocional e demais atitudes. E a religião evangélica recebe estabilidade somente quando a alma pecadora descansa em humildade, se auto-esvaziando verdadeiramente com pureza sobre o Deus da graça como o imediato e único recurso de toda eficácia que conduz à sua salvação. E estas coisas são princípios formativos do Calvinismo.

Extraído de B.B. Warfield, Calvin and Calvinism in: Works, vol. 5, pp. 354-355.

terça-feira, dezembro 05, 2006

A sabedoria e conhecimento de Deus

A sabedoria e o conhecimento estão enraizadas em diferentes capacidades da alma. A fonte do conhecimento é o estudo; da sabedoria, o discernimento. O conhecimento é discursivo; a sabedoria é intuitiva. O conhecimento é teórico; a sabedoria é prática e teleológica; ela faz o conhecimento servir para uma finalidade. O conhecimento é um assunto da mente aparte da vontade; a sabedoria é um assunto da mente que a torna subserviente à vontade. O conhecimento é muitas vezes impraticável; i.é., não se adapta as atividades comuns da vida, enquanto que a sabedoria é adaptada para se viver; ela é ética em caráter; ela é a arte de se viver com propriedade; ela caracteriza o homem que corretamente utiliza o seu maior acúmulo de conhecimento, e que escolhe a melhor finalidade e os melhores meios para enriquecer àquele fim.

Extraído de Herman Bavink, The Doctrine of God, p. 195-196.

sábado, outubro 21, 2006

A natureza do milagre

Um milagre não é sinal de que um Deus, normalmente ausente, se faz momentaneamente presente, ... [mas], é um sinal de que Deus, por um momento e com um propósito especial, está transitando por caminhos que normalmente não transita, ...um sinal de que Deus, sempre presente em poder criador, está operando aqui e agora, de uma maneira que não é familiar.

Extraído de Lewis Smedes, Ministry and the Miracle, pp. 48-49

sexta-feira, outubro 13, 2006

O ideal ético

O ideal ético, se quiser assegurar o seu caráter absoluto, indica para uma base eterna no Ser absoluto. Levando-nos para a concepção de Deus como um ser eticamente perfeito, fonte e origem da verdade moral, fonte da lei moral, que como vimos está comprometida com o Cristianismo.

Extraído de James Orr, Concepción Cristiana de Dios y el Mundo, p. 139.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Onisciência divina e oração

Deus previu as nossas orações antes da fundação do mundo. Ele preparou a resposta as nossas orações em toda a estrutura do universo. Ele sabia que oraríamos, e que oraríamos numa maneira espontânea como um filho clama a seu pai. Deus colocou o universo sobre um princípio de relacionamentos pessoais em que Ele responde a oração, e podemos, em um sentido, entender Sua amorosa provisão somente com base na Sua onisciência.

Extraído de J.O. Buswell, A Systematic Theology of the Christian Religion, vol. 1, p. 61

segunda-feira, setembro 18, 2006

Tentando amaldiçoar a Deus

Todo pecado é uma espécie de amaldiçoar a Deus no coração. O homem tenta destruir e banir Deus do coração, não realmente, mas virtualmente; não na intenção consciente de cada pecador, mas na natureza de cada pecado.

Extraído de Stephen Charnock, The Existence and the Attributes of God, vol. 1, p. 93

quarta-feira, setembro 06, 2006

A livre graça de Deus

Deus não foi induzido a dar a sua graça ao pecador, em primeira instância por haver visto algo meritório, ou atrativo no pecador que se arrepende; portanto, a subsequente ausência de todo bem no pecador não pode ser um motivo novo para que Deus retire dele a sua graça. Quando Deus conferiu a sua graça ao pecador, ele sabia perfeitamente que o pecador era totalmente depravado e odiável; portanto, nem a ingratidão, nem a infidelidade por parte do pecador convertido pode ser motivo que induza a Deus de mudar de opinião, ou seja, para retirar sua graça. Deus disciplinará tal ingratidão e infidelidade retirando temporariamente o seu Espírito, ou suas misericórdias providenciais; mas se o seu propósito desde o princípio não fosse de suportar tais pecados e perdoá-los em Cristo, ele não teria sequer chamado ao pecador. Em outras palavras, as causas pelas quais Deus determinou conferir o seu amor eletivo ao pecador se encontram totalmente Nele, e não no crente; consequentemente, nada no coração, ou na conduta do crente pode finalmente alterar esse propósito divino.

Extraído de R.L. Dabney, Lectures in Systematic Theology, p. 690-691

quinta-feira, agosto 31, 2006

Deus controla cada detalhe

Mas, Deus controla não apenas o curso da natureza e dos grandes eventos da história. Como temos visto, Ele se envolve com cada detalhe também. Assim, encontramos na Escritura que Deus controla o curso de cada vida humana. Como poderia ser diferente? Deus controla todos os eventos naturais em seus mínimos detalhes, incluindo os aparentes eventos fortuitos. Ele controla a história das nações e da salvação humana. Contudo, estes governam uma grande extensão de eventos da nossa vida diária. Mas, se do contrário, Deus não controla um vasto número de vidas humanas individualmente, seria difícil imaginar como Ele conseguiria controlar os grandes desenvolvimentos da história.

Extraído de John M. Frame, The Doctrine of God, p. 59