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terça-feira, novembro 21, 2017

Sistema de governo eclesiástico

Hans Hillerbrand observa que "a adoção de uma ordem eclesiástica para Genebra foi o preço exigido para o retorno de Calvino em 1541. Esboçado pelo próprio Calvino, e posteriormente um pouco modificado, esta ordem apresentou uma igreja de acordo com o paradigma bíblico e além disso, permitir que Calvino colocasse o seu entendimento da vida da igreja em prática". Ele ainda comenta que "uma das mais marcantes características das Ordenanças, bem como das demais ordens eclesiásticas na tradição calvinista modeladas depois dela, foi a provisão para a disciplina eclesiástica e a supervisão do comportamento das pessoas. Esta disciplina seria exercida pelo consistório, compondo-se dos ministros e doze presbíteros, que deveriam suprimir desvios morais e teológicos". Hans J. Hillerbrand, ed., The Protestant Reformation, pp. 172-173.

quarta-feira, novembro 15, 2017

Bispos e presbíteros - iguais e distintos

Aprendemos com uma revisão das igrejas desde a época dos apóstolos, que também pareceu bem ao Espírito Santo que entre os presbíteros, a quem a administração eclesiástica é principalmente comissionada, que exerçam cuidados singulares com as igrejas e os ministérios sagrados e com esse cuidado e preocupação presidam todos os outros (Atos 20:28). Por esse motivo, o nome do bispo foi especialmente atribuído a esses principais administradores das igrejas, mesmo que estes não decidam nada sem a consulta dos demais presbíteros, que também são chamados bispos nas Escrituras por causa deste ministério comum (Fp 1:1; Tt 1:7).

Martin Bucer, De Regno Christi in: Willhelm Pauck, ed., Melanchthon and Bucer, p. 248.

sexta-feira, outubro 13, 2017

A Forma de Juramento Prescrito Para os Ministros da Igreja de Genebra

Aprovado pelo Consistório Menor em 17 de Julho de 1542

A forma e apresentação do juramento e da promessa que os ministros do evangelho, admitidos e recebidos na cidade de Genebra devem fazer diante do Nobre Sindico e do Conselho da referida cidade, será da seguinte forma:

Prometo e juro que no ministério, para o qual sou chamado, servirei fielmente diante de Deus, afirmando puramente a sua Palavra para a edificação desta igreja a que ele vinculou-me; que não abusarei de sua doutrina para servir minhas preferências carnais, nem agradarei a qualquer homem, mas que a empregarei com consciência pura no serviço da sua glória e para proveito do seu povo, ao qual sou devedor. Igualmente prometo e juro defender as Ordenanças Eclesiásticas conforme aprovadas pelos Conselhos Menor e Maior desta cidade e, à medida em que eu for encarregado de administrá-las, inocentando-me lealmente, sem dar lugar ao ódio, sem favores de preferências, ou à vingança, nem a qualquer outro sentimento carnal, e, em geral, cumprir o que é próprio de um bom e fiel ministro. Em terceiro lugar, eu juro e prometo guardar e manter a honra e o bem-estar dos nobres e da cidade de Genebra, esforçando-me, na medida do possível, para que as pessoas continuem em paz e na benéfica unidade sob o governo do Conselho, e não consentindo, de modo algum, que alguém os viole. Finalmente, eu prometo e juro, por estar sujeito ao governo e constituição desta cidade, mostrar um bom exemplo de obediência a todos, sendo da minha parte, sujeito às leis e aos magistrados, tanto quanto o meu ofício permitir; isto é, sem prejuízo da liberdade que devemos ter ao ensinar de acordo com o que Deus nos ordena e fazer as coisas que pertencem ao nosso ofício. E, concluindo, prometo servir aos nobres e as pessoas de tal maneira, desde que não seja impedido de prestar a Deus o culto que lhe devo em minha vocação.

Extraído de J.K.S. Reid, ed., Calvin: Theological Treatises, pp. 71-72.

terça-feira, setembro 19, 2017

Os princípios essenciais do presbiterianismo

"Quais são os princípios essenciais da forma presbiteriana de governo eclesiástico?
R. A liderança suprema de Jesus Cristo; a igualdade de oficialato de seus ministros; o ofício do presbítero regente como representativo do povo; a eleição dos oficiais por uma igreja particular [i.é., local] pelos membros; e a autoridade de seus vários tribunais."

Extraído de Thomas Smith, Ecclesiastical Catechism of Presbyterian Church, p. 29

quinta-feira, abril 07, 2016

Os deveres e direitos da razão na religião

“uma religião divorciada do pensamento rigoroso e elevado pode ser vista no curso inteiro da história da Igreja, e por isso, ela sempre tendeu a ser débil, árida e pouco saudável; bem como o intelecto privado de seus direitos dentro da religião, buscou a sua satisfação fora dela, e se transformou num racionalismo secular”.

Extraído de James Orr, Concepción Cristiana de Dios y el mundo, p. 30.

quinta-feira, fevereiro 12, 2015

Teoria Política e Calvinismo

Reconhecendo o tradicional ensino calvinista da depravação total das pessoas, Althisius enfatizou que Deus criou pessoas como seres morais, afetivos, comunicativos e sociais, e enquanto vivem são mais completamente preenchidos de relacionamentos simbióticos com outros com quem podem compartilhar os seus corpos e almas, suas vidas e espíritos, seus bens e direitos. Assim, enquanto pessoas nascem livres, iguais e distintas, elas são por natureza e necessidade inclinadas à formar associações – casamentos e famílias, clubes e corporações, cidades e províncias, estados, nações e impérios. Cada uma destas associações, desde o mais simples lar até o mais vasto império, é formado por um mútuo pacto consensual, ou contrato juramentado por todos os membros daquela associação diante de cada um e de Deus.

John Witte Jr., “Law, Authority, and Liberty in Early Calvinism” in: David W. Hall & Marvin Padgett, eds., Calvin and Culture – Exploring a Worldview , p. 32.

sexta-feira, abril 27, 2012

O coração do culto reformado

A pregação está no coração e no centro de cada culto de adoração reformado.

Extraído de Barry Gritters, Public Worship ant the Reformed Faith, p. 18.

O objetivo do culto reformado

O que distingue a adoração Reformada é mais a sua teologia do que a sua prática particular. A tradição presbiteriana/reformada de culto a Deus é para a glória a Deus. O nosso “principal fim” é glorificar a Deus. Assim, a adoração nas igrejas Reformadas tem muitas vezes designada pelo objetivo – o foco é Deus e não as afeições religiosas.

Extraído de D.G. Buttrick, “Worship, Presbyterians and,” in: Mark A. Noll, ed., Dictionary of the Presbyterian & Reformed Tradition in America, p. 281.

terça-feira, junho 01, 2010

Igreja Católica é Romana?

O Bispo Hugh Latimer respondendo ao seu inquiridor, o católico Bispo Lincoln, respondeu: "Eu confesso que há uma igreja católica [...], mas não a igreja que você chama de católica, que de boa vontade poderia ser chamada diabólica. E, enquanto você junta 'Romana' à igreja católica, eu paro aqui, e oro por você. Pois ela é algo que pode ser dita igreja Romana, e outra coisa é dizer igreja católica."

Extraído de Iain H. Murray, The Reformation of the Church - A colletion of Reformed and Puritan documents on Church issues, pág. 20

quinta-feira, março 18, 2010

O papel do pastor

Do pastor é exigido ser competente, não somente para instruir o seu rebanho na revelada ciência da redenção, mas também para defender a sua fé, pela refutação e convencimento de todos os ataques.

Extraído de Robert L. Dabney, Discussions, vol. 3, pág. 55.

quarta-feira, julho 01, 2009

Heidelberg e os Meios de Graça

O Espírito Santo ordinariamente produz fé (conforme temos falado) em nós pelo ministério eclesiástico, que consiste de duas partes, a palavra e os sacramentos. O Espírito Santo opera a fé em nossos corações pela pregação do evangelho; e, cuida, confirma e sela-a pelo uso dos sacramentos.

Zacharias Ursinus, The Commentary of Dr. Zacharias Ursinus, p. 340

sábado, outubro 18, 2008

Evangelicalismo enfermo

O que uma vez foi falado das igrejas liberais precisa ser dito das igrejas evangélicas: elas buscam a sabedoria do mundo, creêm na teologia do mundo, seguem a agenda do mundo, e adotam os métodos do mundo. De acordo com os padrões da sabedoria mundana, a Bíblia torna-se incapaz de alimentar as exigências da vida nestes tempos pós-modernos. Por si mesma, a Palavra de Deus seria insuficiente de alcançar pessoas para Cristo, promover crescimento espiritual, prover um guia prático, ou transformar a sociedade. Deste modo, igrejas acrescentam ao simples ensino da Escritura algum tipo de entretenimento, grupo de terapia, ativismo político, sinais e maravilhas - ou, qualquer promessa apelando aos consumidores religiosos. De acordo com a teologia do mundo, pecado é meramente uma disfunção e salvação significa desfrutar de uma melhor auto-estima. Quando esta teologia adentra a igreja, ela coloca dificuldades em doutrinas essenciais como a propiciação da ira de Deus substituindo-a com técnicas e práticas de auto-aceitação. A agenda do mundo é a felicidade pessoal, assim, o evangelho é apresentado como um plano para a realização pessoal, em vez de ser a caminhada de um comprometido discipulado. Para terminar, vemos que os métodos do mundo nesta agenda egocêntrica é necessariamente pragmática, sendo que as igrejas evangélicas estão se esforçando a todo custo em refletir o modo como elas operam. Este mundanismo tem produzido o "novo pragmatismo" evangélico.


Extraído de James M. Boice & Philip G. Ryken, The Doctrines of Grace, pp. 20-21

sexta-feira, setembro 12, 2008

Meios de graça são meios de fé

"é verdade que o Catecismo [Heidelberg] realmente fala da pregação da Palavra e dos sacramentos como um meio de fé, antes do que um meio de graça; mas, desde que fé é um elo da união com Cristo, e é por esta razão, é que pela fé que recebemos todas as bênçãos da graça, é por isto que ela sempre é usada nesta relação: meio de graça."

Extraído de Herman Hoeksema, The Triple Knowledge – An Exposition of the Heidelberg Catechism, vol. 2, pp. 392-393

segunda-feira, setembro 24, 2007

A doutrina da ordenação na Assembléia de Westminster

Ordenação é o ato solene de chamar publicamente um oficial, em que os presbíteros da igreja, em nome de Cristo, e para a igreja, por um sinal visível, designam a pessoa, e ratificam a sua dedicação para o seu ofício; com oração e abençoando os seus dons para a ministração.


Extraído de John Lightfoot, Journal of the Proceedings of the Assembly of Divines (London, 1824), p. 115 citado por Brian Schwetley, A Historical and Biblical Examination of Woman Deacons (texto não publicado) consultado: www.reformedonline.com/view/reformedonline/deacon.htm em 07/03/2007.

sábado, agosto 04, 2007

A Igreja Católica é a Igreja verdadeira?

É certo que somos pecadores e abundam os vícios entre nós, e que muitos de nós caimos freqüentemente e desfalecemos muitas vezes; todavia, a vergonha me impede ter o atrevimento de vangloriar-me (até onde a verdade o permite) de sermos melhores que vocês e isto em todos os aspectos. Contando que não pretenda, porventura, exceptuar a Igreja Católica Romana, formosíssimo santuário de toda santidade, a qual uma vez aberta as cortinas das janelas e, desfeitas as barreiras da autêntica disciplina e pisoteada a honestidade, está tão transbordante de toda espécie de maldades que com grande dificuldades poderá se achar em toda a história um exemplo semelhante de tão grande abominação.

Extraído de Juan Calvino, Respuesta al Cardenal Sadoleto, pág. 53

quarta-feira, agosto 01, 2007

A segurança do sistema presbiteriano

Em nenhuma parte do Novo Testamento encontramos alguma referência para a designação de somente um presbítero, ou apenas um diácono, para realizar uma tarefa. A nossa tendência seria nomear um líder, mas a sabedoria de Deus é superior a nossa. Ao nomear várias pessoas para trabalhar juntas, a igreja, sob a direção de Deus, facilitou a motivação mútua entre aqueles que compartilham o trabalho, assim como diminuiu o risco do orgulho e a tirania no cargo.

Extraído de James M. Boice, Foundations of the Christian Faith, pág. 632

terça-feira, junho 19, 2007

Batismo infantil: um meio de graça

O Batismo administrado ao menino fortalece estes pensamentos [de consagração] nos pais e na Igreja, e determina as normas da educação cristã segundo a pedagogia do pacto. Em torno do menino, ainda completamente dependente dos demais e, do meio em que vive, cria-se um clima de graça e amor do qual ele é o beneficiário imediato. Por isso, cremos poder afirmar que isto é uma forma direta pela qual o seu batismo é imediatamente um meio de graça para ele. Pouco a pouco, o menino assumirá independência, refletirá nestas coisas; necessitará de muito tempo - talvez deva esperar ser pai -, para ter consciência dos benefícios que recebeu, e ser agradecido, apreciando até que ponto foi marcado e enriquecido, desde os primeiros dias de sua vida, pelo cuidado que foi objeto por parte de quem lhe educou na fé e nas promessas do pacto, significadas e seladas em seu próprio batismo.

Extraído de Pierre Ch. Marcel, EL BAUTISMO - Sacramento del Pacto de Gracia, p. 231

quarta-feira, outubro 04, 2006

Tarefa de supervisão dos presbíteros

É na igreja que a supervisão é exercida. Existe aqui uma sutil e necessária distinção. Enquanto a supervisão é sobre a igreja, ela não está acima de algo da qual os presbíteros se isentam. Os presbíteros não são senhores sobre a herança do Senhor; eles mesmos fazem parte do rebanho e devem ser exemplos para ele. A Escritura tem um modo singular de enfatizar a unidade e diversidade, e neste caso, a diversidade que reside no exercício do governo é mantida na mesma proporção em que lembramos que os presbíteros também são sujeitos ao governo que eles exercem sobre outros. Presbíteros são membros do corpo de Cristo e estão sujeitos à mesma espécie de governo da qual eles são administradores.

Extraído de John Murray, Collected Writings: The Claims of Truth, vol.1, p. 262.

Deveres dos presbíteros docentes

Um dos seus mais solenes deveres é vigiar a vida e o trabalho do pastor. Se o pastor não leva uma vida exemplar os presbíteros regentes da igreja devem chamar-lhe a atenção, e corrigi-lo. Se não é tão diligente em sua obra pastoral como deveria sê-lo, devem estimulá-lo para que tenha maior zelo. Se a falta de paixão que deve caracterizar a pregação da Palavra de Deus, os presbíteros regentes devem dar os passos necessários para ajudá-lo a superar tal defeito. E, se a pregação do pastor, em qualquer assunto de maior ou menor importância, não está de acordo com a Escritura, os presbíteros não devem descansar até que o mal tenha sido resolvido.

Extraído de R.B. Kuiper, El Cuerpo Glorioso de Cristo, p. 132.

quinta-feira, agosto 24, 2006

Calvino e o Presbiterianismo

João Calvino ensinou que a forma de governo presbiteriana é a mais bíblica. Aqui os presbíteros (presbyteroi) têm que ser eleitos pela congregação, governar a igreja sob a liderança de Jesus Cristo (Institutas IV.3:1-16, Comentário de 1 Pedro 5:1-4; Atos 14:23). A Palavra de Deus reveste de autoridade apenas estes homens, que são dotados pelo seu Espírito para servir (Comentário de 1 Timóteo 2:11-3:16; Institutas IV.11:1).

A forma de governo presbiteriana, disse Calvino, foi fundada, à princípio, no Antigo Testamento (Êxodo18:13ss; Números 11:16ss). E, então ela foi usada pelos apóstolos no Novo Testamento (Institutas IV.3:1-16). Além disso, ela foi o governo bíblico usado na verdadeira igreja desde os dias dos apóstolos. Neste sistema de governo há uma série de tribunais: na nível local há o Conselho (ou Consistório); o seguinte é o Presbitério (ou Classe [neste nível "A Comunhão de Pastores de Genebra" que se reuniam regularmente e examinavam os candidatos ao ministério]); finalmente, há a Assembléia Geral ou Sínodo (o mais alto tribunal eclesiástico), que se reúne somente em ocasiões indeterminadas (Institutas IV.8:9; Comentário de Atos 15:6). De acordo com Calvino, que o Catolicismo Romano antes de se tornar corrompido era o bíblico presbiterianismo (Institutas IV.5-7).

Extraído de W.Gary Crampton, What Calvin Says, p. 96