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quarta-feira, março 18, 2020

Os votos matrimoniais escritos por João Calvino

“Você, N., confessa diante de Deus e de sua santa congregação que você assume e recebe como sua esposa e cônjuge N. aqui presente, a quem promete proteger, amá-la e mantê-la fielmente, como é o dever de uma pessoa verdadeira e fiel marido de sua esposa, vivendo piedosamente com ela, mantendo fé e lealdade a ela em todas as coisas, de acordo com a santa Palavra de Deus e seu santo Evangelho?"

"Você, N., confessa diante de Deus e de sua santa assembleia que você assume e recebe N. como seu legítimo marido, a quem promete obedecer, servindo e estando sujeito a ele, vivendo piedosamente, mantendo fé e lealdade a ele em todas as coisas, como uma esposa fiel e leal deve ser ao marido, de acordo com a Palavra de Deus e o santo Evangelho?”


JohnWitte, Jr., “Marriage Contracts, Liturgies, and Properties in Reformation Geneva” in: Philip L. Reynolds and John Witte, Jr., orgs., To Have and to Hold - Marrying and Its Documentation in Western Christendom, 400–1600 (Cambridge, Cambridge University Press, 2007), p. 461.

sexta-feira, setembro 21, 2007

O ensino de Cristo acerca da pessoa divorciada

Pode-se presumir que a proibição de Cristo de se contrair um segundo casamento para a mulher que se divorciou de seu marido (Mc 10:12) e, a proibição similar de Paulo (1 Co 7:11) com referência a uma mulher separada de seu esposo tem ambas que ver com casos em que a causa do divórcio, ou separação não foi o adultério, ou o abandono irremediável. Em tal caso a mulher deve reconhecer o seu pecado ao causar a separação e, se é possível, deve retornar a sua relação matrimonial original. Ela não pode contrair segundo casamento a não ser que o seu marido tenha rompido o matrimônio por outra união.

A regra em Mt 5:32 e em Lc 16:18 que ensina que um homem que se casa com uma mulher divorciada deve ser considerado como adúltero, parece ser muito raro à luz da estipulação mosaica de que a mulher divorciada que “saiu da sua casa [de seu primeiro esposo], poderá ir e se casar com outro homem” (Dt 24:2). Não é possível pensar que Cristo contradiria a lei mosaica ou que instruiria em contraste sem oferecer algum comentário quanto a isto. Recordando o princípio de que não temos o ensino bíblico sobre qualquer assunto até que examinemos todas as passagens pertinentes, devemos observar que o contexto mosaico disse que se o segundo marido se divorcia da mulher envolvida, o seu primeiro marido não tem liberdade de recebê-la de volta como esposa. O propósito óbvio desta lei é de proibir um promíscuo intercâmbio de esposas. Sendo que Cristo se referia diretamente à lei mosaica pode-se supor que as suas observações sobre o casamento de uma mulher divorciada sejam tomadas como uma alusão a Dt 24:3-4, e não como uma contradição de Dt 24:2. Isto seria perfeitamente claro nas circunstâncias em que ocorreram os diálogos de Cristo sobre o tema.

Extraído de James Oliver Buswell, Jr.,
A Systematic Theology of the Christian Religion, vol. 1, págs. 389-390