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quinta-feira, fevereiro 12, 2015

Teoria Política e Calvinismo

Reconhecendo o tradicional ensino calvinista da depravação total das pessoas, Althisius enfatizou que Deus criou pessoas como seres morais, afetivos, comunicativos e sociais, e enquanto vivem são mais completamente preenchidos de relacionamentos simbióticos com outros com quem podem compartilhar os seus corpos e almas, suas vidas e espíritos, seus bens e direitos. Assim, enquanto pessoas nascem livres, iguais e distintas, elas são por natureza e necessidade inclinadas à formar associações – casamentos e famílias, clubes e corporações, cidades e províncias, estados, nações e impérios. Cada uma destas associações, desde o mais simples lar até o mais vasto império, é formado por um mútuo pacto consensual, ou contrato juramentado por todos os membros daquela associação diante de cada um e de Deus.

John Witte Jr., “Law, Authority, and Liberty in Early Calvinism” in: David W. Hall & Marvin Padgett, eds., Calvin and Culture – Exploring a Worldview , p. 32.

terça-feira, fevereiro 10, 2015

Os quatro estágios da liberdade da vontade

“O livre arbítrio é dividido em quatro modos, por causa dos quatro estados do homem. No primeiro estado a vontade do homem era livre para o bem e para o mal. No estado caído o homem é livre somente para o mal. O homem nascido de novo, ou o homem em estado de graça, é livre do mal e para o bem, pela graça de Deus somente, mas imperfeitamente. No estado de glória ele será perfeitamente livre do mal para o bem. No estado de inocência o homem era capaz de não pecar [posse non peccare]. No estado de miséria ele é incapaz de não pecar. No estado de graça, o pecado não pode governar o homem. No estado de glória ele se tornará incapaz de pecar.”

Johannes Wollebius, Compendium Theologicae Christianae in: John W. Beardslee III, ed., Reformed Dogmatics, p. 65.

quinta-feira, abril 15, 2010

Definição de Depravação Total

Por total depravação entende-se aquele homem que por natureza em toda a sua existência, com todo o seu coração, mente, alma e força tornou-se escravo do pecado; ele é inteiramente incapaz de fazer alguma coisa boa e, está inclinado para o mal.

Extraído de Herman Hoeksema, Reformed Dogmatics, pág. 358

quinta-feira, agosto 21, 2008

O que é o coração?

O coração representa o centro unificador de toda a existência do homem, o ponto de convergência espiritual de todo o nosso ser, o aspecto interior reflexivo que estabelece a direção para todas as relações da nossa vida. É a fonte de todos os nossos desejos, pensamentos, sentimentos, das nossas ações e qualquer outra expressão de vida. É a fonte principal de onde flui todo o movimento do intelecto do homem, de suas emoções e de sua vontade, bem como de todas as outras "faculdades", ou modo de nossa existência. Em resumo, o coração é o mini-eu. Aquele que tem o meu coração, também tem a mim, e tem totalmente.

Extraído de Gordon J. Spykman, Teologia Reformacional - un nuevo paradigma para hacer la Dogmatica, pág. 242

sexta-feira, julho 04, 2008

Como foi possível?

Como foi possível para a criatura que foi criada à própria imagem de Deus, com o entendimento permeado com o verdadeiro conhecimento de Deus, com o coração e vontade adornada com a justiça, todas as afeições estavam adornadas com pureza, e todo o seu ser era santo - como foi possível, que uma criatura assim rebelasse?

Extraído de Homer Hoeksema, The Voice of Our Fathers, pág. 437

sexta-feira, novembro 23, 2007

Devemos nos arrepender do pecado de Adão?

O cristão, de fato, lastimará a culpa do primeiro pecado de Adão, mas não se arrependerá dele. Todavia, da corrupção da natureza, da concupisciência e dos desejos desordenados do nosso coração é nosso dever arrependermos, sentirmos vergonha por eles, entristecermos e indispormos contra eles, assim como de toda transgressão atual; por que isto é culpa somente nossa, (imputada), mas também o nosso próprio pecado.

Extraído de Robert L. Dabney, Lectures on Systematic Theology, pág. 654

quinta-feira, agosto 03, 2006

Uma obra completa

Os sentimentos do crente, vistos em Cristo, como se descrevem ao final deste capítulo (Rm 8:31-39), oferecem um notável contraste com o que se diz ao final do capítulo anterior, onde se vê o crente em suas próprias forças. Examinando-se como realmente é, um pecador, o crente exclama gemendo: "miserável homem que sou!" Mas, observando-se justificado em Cristo, o crente ousa perguntar: "quem me acusa?", "quem me condena?" A pessoa que ama a Deus pode desafiar todo o universo que lhe separe do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, seu Senhor. Apesar de que, no presente toda a criação geme e a um só tempo, geme dores de parto, apesar do próprio crente gemer dentro de si, apesar disto, todas as coisas cooperam para o bem. O Espírito Santo está intercedendo por ele, em seu próprio coração; Jesus Cristo está intercedendo por ele diante do trono de Deus; o Deus Pai lhe escolheu na eternidade, lhe chamou, lhe justificou e finalmente lhe coroou com glória. O apóstolo Paulo deu início a este capítulo declarando que não há condenação para os que estão em Cristo Jesus; e o que se conclui com a segurança triunfante de que não há separação possível entre o crente e o amor de Deus. A salvação do crente é completa em Cristo, e sua união com Ele é indissolúvel.

Extraído Robert Haldane, Exposition of the Epistle to the Romans, p. 438.