sábado, outubro 18, 2008

Evangelicalismo enfermo

O que uma vez foi falado das igrejas liberais precisa ser dito das igrejas evangélicas: elas buscam a sabedoria do mundo, creêm na teologia do mundo, seguem a agenda do mundo, e adotam os métodos do mundo. De acordo com os padrões da sabedoria mundana, a Bíblia torna-se incapaz de alimentar as exigências da vida nestes tempos pós-modernos. Por si mesma, a Palavra de Deus seria insuficiente de alcançar pessoas para Cristo, promover crescimento espiritual, prover um guia prático, ou transformar a sociedade. Deste modo, igrejas acrescentam ao simples ensino da Escritura algum tipo de entretenimento, grupo de terapia, ativismo político, sinais e maravilhas - ou, qualquer promessa apelando aos consumidores religiosos. De acordo com a teologia do mundo, pecado é meramente uma disfunção e salvação significa desfrutar de uma melhor auto-estima. Quando esta teologia adentra a igreja, ela coloca dificuldades em doutrinas essenciais como a propiciação da ira de Deus substituindo-a com técnicas e práticas de auto-aceitação. A agenda do mundo é a felicidade pessoal, assim, o evangelho é apresentado como um plano para a realização pessoal, em vez de ser a caminhada de um comprometido discipulado. Para terminar, vemos que os métodos do mundo nesta agenda egocêntrica é necessariamente pragmática, sendo que as igrejas evangélicas estão se esforçando a todo custo em refletir o modo como elas operam. Este mundanismo tem produzido o "novo pragmatismo" evangélico.


Extraído de James M. Boice & Philip G. Ryken, The Doctrines of Grace, pp. 20-21

sexta-feira, setembro 12, 2008

Meios de graça são meios de fé

"é verdade que o Catecismo [Heidelberg] realmente fala da pregação da Palavra e dos sacramentos como um meio de fé, antes do que um meio de graça; mas, desde que fé é um elo da união com Cristo, e é por esta razão, é que pela fé que recebemos todas as bênçãos da graça, é por isto que ela sempre é usada nesta relação: meio de graça."

Extraído de Herman Hoeksema, The Triple Knowledge – An Exposition of the Heidelberg Catechism, vol. 2, pp. 392-393

sexta-feira, agosto 29, 2008

A necessidade da Palavra para a salvação

Deus pode e concede convenientemente os seus benefícios salvadores aos homens pela Palavra somente, os sacramentos se tornam obrigatórios apenas na perspectiva do preceito divino, e o seu uso sendo negligenciado resulta em desnutrição espiritual do mesmo modo que a desobediência acarreta em destrutivos efeitos sobre a alma.

Extraído de Robert L. Reymond, A New Systematic Theology of the Christian Faith, p. 913

quinta-feira, agosto 21, 2008

A teologia como adoração

O propósito da teologia é a adoração a Deus. A postura da teologia é sobre os joelhos. O modo da teologia é o arrependimento.

Extraído de James M. Boice & Philip G. Ryken, The Doctrines of Grace, pág. 179

O que é o coração?

O coração representa o centro unificador de toda a existência do homem, o ponto de convergência espiritual de todo o nosso ser, o aspecto interior reflexivo que estabelece a direção para todas as relações da nossa vida. É a fonte de todos os nossos desejos, pensamentos, sentimentos, das nossas ações e qualquer outra expressão de vida. É a fonte principal de onde flui todo o movimento do intelecto do homem, de suas emoções e de sua vontade, bem como de todas as outras "faculdades", ou modo de nossa existência. Em resumo, o coração é o mini-eu. Aquele que tem o meu coração, também tem a mim, e tem totalmente.

Extraído de Gordon J. Spykman, Teologia Reformacional - un nuevo paradigma para hacer la Dogmatica, pág. 242

domingo, julho 20, 2008

O princípio da tolerância

Pertenço ao que, às vezes, é chamado de grupo estrito, a Igreja Presbiteriana, mas ela é um grupo que sempre foi dedicada aos princípios de liberdade; e, eu não sou diferente da maioria dos meus concidadãos – no meu entendimento, tolerância significa não somente tolerância para aquilo que aceito, mas ela subentende também tolerância para aquilo que sou violentamente opositor.

Extraído de J.Gresham Machen, Education Christianity and the State, pág. 121

sexta-feira, julho 04, 2008

Como foi possível?

Como foi possível para a criatura que foi criada à própria imagem de Deus, com o entendimento permeado com o verdadeiro conhecimento de Deus, com o coração e vontade adornada com a justiça, todas as afeições estavam adornadas com pureza, e todo o seu ser era santo - como foi possível, que uma criatura assim rebelasse?

Extraído de Homer Hoeksema, The Voice of Our Fathers, pág. 437

sexta-feira, junho 20, 2008

Por amor de si mesmo

Deus não é retratado na Escritura como perdoando o pecado porque Ele realmente se importe com o pecado. Nem porque Ele seja tão exclusivo ou predominantemente o Deus de amor, como se os outros atributos diminuissem pelo desuso na presença de Sua infinita bondade. Pelo contrário, Ele é retratado como libertando o pecador de sua culpa e corrupção porque Ele se compadece das criaturas da sua mão, envoltas em pecado, com uma intensidade que nasce da veemência da sua santa ira contra o pecado e sua justa determinação de visitá-lo com uma intolerante retribuição; de modo que conduz por uma completa satisfação pela a sua infinita justiça e santidade, como pelo seu ilimitado amor por Si mesmo.

Extraído de B.B. Warfield, "God" in: Works of B.B. Warfield, vol.9, pág. 112

Respondendo ao oponente

Quanto ao seu oponente, eu desejo que, antes mesmo que você coloque a sua pena sobre o papel contra ele, e durante todo o tempo em que estiver preparando a sua resposta, possa você entregá-la, por meio de sincera oração, ao ensino e à benção do Senhor. Esta prática terá uma tendência direta de levar o seu coração e amá-lo, bem como de ter compaixão dele. Tal disposição terá uma boa influência sobre cada página que você escrever.

Extraído de John Newton, "On Controversy" in: Works of John Newton, vol. 1, págs. 268-269

terça-feira, junho 17, 2008

O que foi o Puritanismo inglês?

O Puritanismo inglês foi essencialmente um movimento teológico enfatizando a teologia pactual, predestinação e uma liturgia na igreja reformada? Ou, foi o cerne de assuntos políticos afirmando os inalienáveis direitos de consciência diante de Deus, o governo da lei natural acima dos tribunais que reinvindicavam arbitraridade, a dependência do rei do parlamento, a fundação da autoridade estatal em pessoas? Algumas pesquisas modernas apontam para uma terceira possibilidade, que a essência do Puritanismo foi a sua piedade, uma ênfase na conversão e numa sincera religião.

Extraído de Richard M. Hawkes, "The Logic of Assurance in English Puritan Theology" in: Westminster Theological Journal, 52 [1990], pág. 247

quinta-feira, abril 03, 2008

A necessidade do teísmo

A crença numa base racional para o universo somente pode firmar-se por meio de um retorno ao teísmo. Um teísmo vivo somente pode ser digno de crédito mediante a crença em Deus como um Ser que se revela; a crença na Revelação conduz historicamente ao reconhecimento de Cristo como instrumento mais elevado da auto-revelação de Deus para a humanidade. A crença em Cristo como o Revelador somente pode estabelecer-se mediante a crença em sua divindade.

Extraído de James Orr, Concepción Cristiana de Dios y el Mundo, pág. 83